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Mostrando postagens de janeiro, 2021

“Carazinho por Escrito” em som e imagens

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Com fotografias de Fernão Duarte e produção de Israel Teles, dois queridos parceiros velhos de guerra, tenho a alegria de compartilhar com vocês o book trailer do livro Carazinho por Escrito , organizado por esta que vos escreve e que reúne contos, crônicas e poesias de 18 escritores locais, ou ligados ao local, revelando a cidade de perto, por baixo e por dentro! Dá o play e confira Carazinho por Escrito  em som e imagens!   Ouvi alguém dizer que quer um?  Pergunte-me como.

Pífia programação

  PÍFIA a programação da prefeitura municipal de Carazinho para o aniversário de 90 anos da cidade, que acontece dia 24 de janeiro, domingo. Além de feita para um público altamente específico, deixando de fora todo o resto, simplesmente não envolve, não alcança e não se comunica com a comunidade. Parece que não fomos convidados pra festa, pessoal. É triste, porque Carazinho, como TODA CIDADE, seja grande, média ou pequena, possui uma diversidade imensa e está cheia de pessoas e projetos das mais variadas áreas que poderiam e deveriam estar incluídos na festa de aniversário de sua própria cidade. Em Carazinho, acredite se quiser, tem músicos, escritores, ilustradores, empreendedores, palestrantes, atores, instrumentistas, artistas plásticos, inventores, cantores, declamadores, malabaristas, tatuadores, educadores, comediantes, escultores, bailarinos, colecionadores, jardineiros, pequenos agricultores, fotógrafos, comunicadores, mestres-cucas, mágicos, rappers, capoeiristas, poetas

Vamos tomar um Café Espacial na França?

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É que a revista Café Espacial está entre as selecionadas para o Festival International de la Bande Dessinée d'Angoulême na categoria de publicações alternativas. Esta é a 48ª edição do evento, que acontece entre 24 e 27 de junho de 2021 e é considerado um dos mais importantes do mundo. E euzinha participo, ao lado de muitos artistas fod@s, da última Café, a de número 18, que não por acaso é proibida para menores de 18, visto que contém putari@. Uma honra e uma alegria fazer parte deste bonde e rumar do “Brésil” pra França dentro das páginas da Café Espacial!  

Teste de empatia

  A pandemia é um teste de empatia dos mais legítimos e difíceis. Convocados a nos colocar no lugar do outro – e por isso usar máscara e álcool gel, manter distanciamento, ficar em casa sempre que possível, nada demais – falhamos miseravelmente. Muitas pessoas com um discurso racional, bonito e coerente, quando se viram obrigadas pelas circunstâncias a colocar em prática o que aparentemente compreendiam na teoria, estão fazendo um verdadeiro papelão. Fotos em festas, Natal e final de ano com a família inteira reunida, na praia, no bar, na praça, viajando e passeando, aqui e acolá, por todo lado, muita gente muita aglomerada e sorrindo como se nada houvesse. Pessoas, repito, com um discurso racional, bonito e coerente, inclusive críticas do presidente e seu desgoverno, pró-vacina e que sabem que a Terra é redonda. A pergunta é: se 1.977.893 mortos no mundo, 205.964 só no Brasil (até o dia 13/01/2021), não é capaz de trazer a empatia da teoria para a prática, o que será? Se

“Não vou acrescentar 2020 na minha idade. Nem usei”

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Você com certeza recebeu e muito provavelmente repassou esta piada de tempos de pandemia. Pra mim, particularmente, ela não faz nenhum sentido. Porque hoje eu completo 36 anos, mas poderia facilmente colocar 46 velinhas em cima do meu bolo de aniversário. Muitos anos se passaram em 2020 pra mim. Saio dele meio rouca, com a coluna levemente curvada e fios de cabelo branco que não existiam há 365 dias, além de uma ruga saliente entre as sobrancelhas, resultado de tanto franzir a testa e pensar: “mas que porr@ é essa?”. Não vou escrever aqui um texto sobre os aprendizados de 2020, nem sobre conquistas e realizações ou projetos e esperança em dias melhores e tudo isso que estamos exaustos de ler a cada começo de ano. Só quero desejar pra mim – e pra ti também, de coração – que nossos olhos não vejam só o que há de horrível, triste e desesperador no mundo. Que possamos enxergar também o bonito e o delicado, o suave e o sutil; o que às vezes está tão perto que nossas mãos nem conse

“Ao professor, a palavra” e eu

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  Este livro que estou segurando, chamado Ao professor, a palavra , é um dos projetos que mais tenho orgulho de ter realizado nestes quase 13 anos de lida literária. Ele reúne 14 textos, escritos por 14 educadoras da rede pública e privada sobre a dor e a delícia de ser professor no Brasil, mais especificamente no Rio Grande do Sul e mais especificamente ainda em Carazinho, em Sananduva, em Passo Fundo. Aqui, onde estamos. Durante o processo de edição e produção do livro – que aconteceu no decorrer do triste 2020 – eu aprendi, repensei, refleti, chorei e sorri tantas vezes, que nem sei contar. Que nem sei como agradecer. Que as palavras destas professoras possam chegar até onde o vento venta, e que mais pessoas tenham a mesma oportunidade que eu tive, de aprender com quem tem tanto a ensinar. De escutar quem tem tanto a dizer.