Pífia programação

 

PÍFIA a programação da prefeitura municipal de Carazinho para o aniversário de 90 anos da cidade, que acontece dia 24 de janeiro, domingo. Além de feita para um público altamente específico, deixando de fora todo o resto, simplesmente não envolve, não alcança e não se comunica com a comunidade.

Parece que não fomos convidados pra festa, pessoal.

É triste, porque Carazinho, como TODA CIDADE, seja grande, média ou pequena, possui uma diversidade imensa e está cheia de pessoas e projetos das mais variadas áreas que poderiam e deveriam estar incluídos na festa de aniversário de sua própria cidade.

Em Carazinho, acredite se quiser, tem músicos, escritores, ilustradores, empreendedores, palestrantes, atores, instrumentistas, artistas plásticos, inventores, cantores, declamadores, malabaristas, tatuadores, educadores, comediantes, escultores, bailarinos, colecionadores, jardineiros, pequenos agricultores, fotógrafos, comunicadores, mestres-cucas, mágicos, rappers, capoeiristas, poetas, grafiteiros, produtores, artesãos, maestros, apresentadores, dançarinos. Até funkeiros e youtubers a gente tem.

Sem falar nos muitos projetos e programas culturais, educacionais, sociais e comunitários, que nem me arrisco a começar a citar, por medo da minha memória falhar e eu cometer alguma grave injustiça.

Toda essa galera, eu tenho certeza, ia adorar fazer parte dessa festa.

E neste ano em particular, com pandemia e isolamento, seria possível realizar uma série de ações virtuais incríveis, como por exemplo palestras, peças, apresentações, oficinas, entrevistas e shows transmitidos pela página da prefeitura no Facebook. Consigo pensar em pelo menos uma dezena de possibilidades sem me esforçar muito.

Afora que boa parte da “programação” de aniversário será presencial, o que é tipo: OI????

Neste exato momento acontece uma cavalgada intermunicipal, na qual está todo mundo sem máscara em cima do seu cavalinho, como você pode conferir pela foto publicada pela prefeitura em sua página aqui no Facebook. Aí segue com café da manhã, mais cavalgada, almoço, cavalgada outra vez, jantar, entrevista com o prefeito, cavalgada, missa e mais um almoço. Imagino que seguindo todos os protocolos de segurança e zzzzZZZzz.

Santo de casa não faz milagre, diz a voz do povo – que, também dizem, é a voz de Deus.

Mas, apesar de não fazer parte dessa festa, toda essa galera (na qual me incluo com orgulho) vai continuar aqui, fazendo, agindo, criando, transformando e produzindo por, para e em Carazinho.

Feliz 90 anos, terra natal.

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