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Mostrando postagens de dezembro, 2018

Revoluções de Ano Novo

Estamos carecas de ouvir falar sobre as resoluções de ano novo, aquela famosa e fatídica listinha onde enumeramos nossos desejos e objetivos para o ano que se inicia. Resolução, inclusive, significa isso: decisão. Porém, estamos igualmente carecas de saber que, na maioria das vezes, tais resoluções sequer chegam a sair do papel no qual foram escritas, principalmente porque a) são absolutamente irreais e, se não impossíveis, improváveis ou b) não dependem somente de nós. Assim sendo, neste ano sugiro que façamos também uma segunda lista, de revoluções. Mas calma. Não me refiro a nenhum levante armado ou revolta, nada de hastear bandeiras e destruir vitrines, é sem motim e sem quebradeira. Porque falo de revolução no sentido de movimento, reforma, renovação. E não há nada, absolutamente nada que possamos movimentar, reformar e renovar que não seja a nós mesmos. Sim, estou falando da temida revolução interior, onde o aliado e o inimigo se resumem àquela criatura que observamos refleti

Conquista e privilégio

Conquista e privilégio são dois conceitos que costumam ser confundidos, e é esta confusão a raiz de muitos de nossos problemas enquanto país. Na conquista, você precisa correr atrás, se mexer, sair da zona de conforto, arriscar, batalhar para conseguir. No privilégio, não. No privilégio, você só precisa existir. Por exemplo: quando arrumamos nosso quarto, obtemos uma conquista, que é um quarto arrumado pra gente dormir. Se não tivéssemos arregaçado as mangas e disponibilizado nosso tempo para limpar o quarto, agora não teríamos um quarto limpo. Mérito nosso. Porém, não poderíamos limpar o quarto se não tivéssemos um quarto para limpar. O quarto é o privilégio. A faxina, o mérito. Ocorre que muitas pessoas altamente privilegiadas, por comodismo ou vaidade, julgam que tudo o que são e possuem vêm do suor de seu esforço. Que tudo é questão de merecimento. Misturam seus privilégios com suas conquistas, sem entender que é infinitamente mais fácil conquistar quando se tem privilégios.

“O Duplo da Terra” em sala de aula!

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O Duplo da Terra , meu terceiro livro, traz encartado em sua edição um suplemento literário com sugestões de atividades para realização em sala de aula, envolvendo desde criação de textos, ilustrações e fotografias, até teatro, colagem, debate e produção musical. Neste ano, a professora Dheyni Barimaker da Silva, da Escola Amélia Lenzi Raymundi , de Sananduva/RS, trabalhou o livro com seus alunos, e eu estou como? Coberta de alegria da cabeça aos pés. De que outro jeito poderia estar? Já agradeci pessoalmente e por vídeo, mas nunca é demais: obrigada, profe e gurizada querida, pela oportunidade de participar e estar junto com vocês em sala de aula – sala de aula que, aliás, é o habitat natural de todo livro.

Lugar de cultura

Cultura na Praça era o nome do evento organizado por David Faria, Bianca Zachert e André Nascimento – que, como o próprio nome sugere, deveria acontecer na praça central de Carazinho durante a tarde do dia 10 de novembro de 2018, reunindo exposições de arte e música. No dia 8, 48h antes, os organizadores foram informados de que não poderiam realizar o evento na praça, já que aconteceria outro evento da prefeitura ali, marcado para o mesmo dia, local e horário. Assim, transferiram o Cultura na Praça para a Gare, um lugar bem legal, porém sem árvores, grama e nem sombra. A previsão marcava 35 graus para aquela tarde, e a maioria dos artistas e expositores confirmados foi pego desprevenido, precisando correr de última hora atrás de gazebos, guarda-sóis ou qualquer coisa capaz de proteger do sol furioso. Eu fui um destes artistas, e como não arrumei gazebo e nem guarda-sol, acabei participando apenas como público. O evento estava lindo, mas o calor judiou. Alguns artistas enfrentaram