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Mostrando postagens de novembro, 2017

Para Taly, com carinho

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Nós temos a estranha mania de somente valorizar e homenagear àqueles que já se foram; que vivem longe; que estão incomunicáveis; com quem quase nunca conversamos; ignorando sumariamente quem está ao nosso lado, pertinho da gente. Mas hoje, não. Hoje eu vou homenagear uma pessoa que faz parte da minha vida todos os dias, há muito, muito, muito tempo. Alguém que está ao meu lado sempre, me fazendo companhia, me contando causos, me empurrando pra frente, apoiando minhas loucuras, me dando um abraço apertado quando um abraço apertado era tudo o que eu precisava. Falo da Talytha, claro. Porque ela é uma amiga que todos deveriam, mereciam e precisavam ter. Eu tenho certeza que, se mais pessoas tivessem amigos como eu tenho a Talytha, a gente viveria em um mundo melhor, mais leve e bonito. Afinal, se mais pessoas pudessem contar com amizades como a nossa, haveria mais pessoas felizes por aí – e pessoas felizes tornam o planeta inteiro mais feliz. Hoje a Taly faz aniversário, e tu

Ração e Reação

Se existe algo ainda capaz de me chocar no ser humano é a sua incapacidade de ver o direito do outro com a mesma importância com a qual vê os seus próprios direitos. Falamos em caridade e fraternidade, mas, na prática, tratamos os nossos desejos e necessidades como se fossem mais urgentes e relevantes que os desejos e necessidades do vizinho. Um exemplo recente: a ração humana, também conhecida como farinata, que a Prefeitura de São Paulo resolveu distribuir à população em situação de vulnerabilidade social através do programa Alimento para Todos , criado na gestão de João Doria. Trata-se de uma espécie de farinha produzida a partir de ingredientes cuja data de validade está próxima, ou que estão fora do padrão de comercialização. Ou seja: algo que provavelmente seria descartado, jogado no lixo, vira comida para as camadas sociais mais pobres. Nesta sociedade doente que integramos, há quem não veja problema nenhum em dar ração para pessoas. “Melhor do que passar fome, né?”, argume