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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

A mensagem e o mensageiro

Desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República, a sexualidade de seu segundo filho, Carlos Bolsonaro, entrou em pauta. Dizem por aí que o rapaz é homossexual; que mora com um primo que, na verdade, é seu companheiro. Comentam que, na posse de seu pai, enquanto os demais filhos de Jair estavam ao lado de suas respectivas esposas, Carlos estava ao lado do tal primo. Desencavaram postagens, fotografias e comentários nas redes sociais que teoricamente confirmariam sua homossexualidade. Li, vi e ouvi milhares de piadas, muitas extremamente grosseiras e maldosas, debochando e ridicularizando o fato de um dos filhos do presidente considerado homofóbico ser gay. Tem vezes que eu não entendo a oposição na qual me incluo. Porque, no meu caso, o que sempre me perturbou em Jair Bolsonaro é justamente o seu discurso agressivo contra minorias: LGBTs, negros, índios, mulheres. Desde uma época em que eu jamais imaginava que o deputado intolerante se tornaria nosso presidente, já rep

92%

No Brasil, de cada 100 pessoas, somente oito são capazes de compreender e se expressar plenamente. De 100, oito conseguem interpretar e elaborar um texto, como uma matéria de jornal ou um verbete do Wikipédia. De 100, só oito estão aptas a realizar um cálculo básico de matemática, analisar um gráfico simples ou localizar informações em um cartaz ou calendário. De cada 100 de nós, apenas oito têm capacidade de formular uma opinião minimamente fundamentada. Foi o que mostrou a pesquisa Analfabetismo no Mundo do Trabalho, realizada pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e a ONG Ação Educativa, e publicada pelo jornal O Globo de fevereiro de 2016. O nível máximo da pesquisa, alcançado por 8 de cada 100 examinados, é chamado de proficiente, e todos nós deveríamos deixar o ensino médio neste patamar. Deveríamos. Porque, na realidade, menos de 10% dos estudantes brasileiros saem da escola sabendo fazer alguma coisa além de escrever o próprio nome. É duro admitir, caro leitor, mas o fato