Pequena crônica sobre futebol
Interessante
o meu colorado: diminui diante dos pequenos e se agiganta diante dos gigantes.
Uns dez
anos atrás, quando eu morava em Passo Fundo, o dono do mercadinho perto do meu
prédio, gremista, vivia me zoando porque o Inter perdia, e não raramente de
goleada, pra times minúsculos e modestos, cujo orçamento anual não pagava o
salário de um jogador de base do colorado.
Porém,
eu lembro que respondia pro dono do mercadinho que o Inter era o clube do povo,
que abraça os excluídos, os esquecidos e os marginalizados, e levou esta
filosofia para o campo. Times sofridos saíram da zona de rebaixamento ou
conseguiram a primeira vitória no campeonato graças ao Inter. Clubes modestos,
que não marcavam gol há meses, puderam comemorar pelo menos uma noite, tudo
graças ao Inter.
Não
sei, mas pensar deste jeito sempre conforta meu coração, haha.
O fato
é que, como bem sabemos, o Inter é assim até hoje – e graças a São Fernandão,
foi assim ontem também, quando se agigantou diante do gigante, no Gigante.
Ganhamos,
duas vezes na mesma noite, do melhor time brasileiro da atualidade.
É por
causa de momentos como este que meus planos de largar de mão o futebol sempre
fracassam vergonhosamente.
Dá-lhe
Inter.