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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Os dois lados da educação de qualidade

É de conhecimento geral que a educação no Brasil está agonizante, e não é de hoje. Segundo pesquisa da UNESCO, nosso desempenho em educação ocupa o medonho 88º lugar, em uma lista de 127 países. Nosso currículo está defasado; nossas escolas, demolidas; nossos professores, exaustos; e nossos alunos cada vez mais distantes das salas de aula. O resultado? Um povo que não lê, que não vê, que não conecta, que não pensa. Que repete ao invés de questionar. Um povo incapaz de transformar informação em conhecimento, e de escrever uma frase de duas linhas sem cometer erros hediondos de português. Existe uma medida padronizada que avalia o desempenho intelectual das pessoas baseada em resultados de testes específicos – chama-se Quociente de Inteligência, o famoso QI. Está associado ao lado esquerdo de nosso cérebro, responsável pelo raciocínio lógico. Aumentar e aperfeiçoar o Quociente de Inteligência de cada aluno deve ser um dos objetivos primordiais de toda educação que busca a excelência

Ana

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Quando eu tinha 13 ou 14 anos, comprei um caderno e o transformei em um álbum de fotos. Colei ali todas as fotografias que eu tirava nessa época – e acreditem, jovens: eram poucas. Porque era necessário comprar filme (tinha de 12, 24 e o suprassumo da riqueza: 36 “poses”), mandar revelar, esperar uma semana e ainda rezar para as fotos não saírem “queimadas”, haha. Enfim, outros tempos. O fato é que tirei essa foto (a original, não a foto da foto) em 98/99, dentro de um ônibus da lendária empresa Hélios, enquanto eu e minha “miga forever” Anabele íamos de Não-Me-Toque para Carazinho, ou vice-versa. Quase 20 anos depois, tudo mudou: cabelos, pensamentos, endereços, dores, moda, estações, presidentes, vida. Até o jeito como tiramos fotos atualmente é diferente! Porém, se hoje eu comprasse um novo caderno para colar minhas novas fotografias, escreveria exatamente a mesma coisa ao lado da minha foto com a Ana: amigas para sempre. Eu sei, é clichê. Mas clichês geralmente trazem

O desperdício nosso de cada dia

Se você está com sede e tem um copo de água, você bebe a água e mata a sede, ou joga a água fora e continua com sede? A pergunta parece idiota, e de fato é, mas trata-se de uma analogia perfeita para o que fazemos com nosso tempo, nossa atenção e nossa energia. Já reparou como desperdiçamos esses três itens preciosos com bobagens? Perdemos nosso tempo nos preocupando com problemas que não são nossos, e que justamente por isso não cabem a nós resolver. Consumimos nossa atenção com fatos e versões que não controlamos, e pelos quais nada podemos fazer. Colocamos toda nossa energia em coisas que não nos dão qualquer retorno positivo, brigando, criticando, condenando, se angustiando, se consumindo. Sofrendo horrores, seja pelo que temos, seja pelo que não temos.  Aí, quando precisamos de tempo, atenção e energia para aquilo que verdadeiramente importa, cadê o tempo, a atenção e a energia que estavam aqui? Exatamente: desapareceram. Foram jogados fora com pessoas, problemas e situaçõe

A Sala

Imagine uma sala e quatro pessoas lá dentro. Cada uma está em um canto diferente do recinto. Por conta do lugar que ocupam dentro desta sala, cada uma destas quatro pessoas enxergará a sala sob um ângulo – o seu, e só. O primeiro talvez veja a janela, mas não o armário. O segundo verá a porta, mas não o sofá. O terceiro enxergará o armário, mas não a janela; e o quarto avistará a mesa e o sofá, mas não a porta e o armário. Apesar disso, a sala continuará sendo a mesma, com sua janela, porta, armário, mesa e sofá. A sala não muda só por que as pessoas que ali estão enxergam apenas um pedaço da sala. É por isso que o ditado diz que o ponto de vista de cada um é apenas a vista do ponto onde cada um está. O Brasil é esta sala: uma sala enorme, na qual cabem mais de 200 milhões de pessoas. E como dois corpos não podem ocupar simultaneamente o mesmo lugar, cada uma destas pessoas está em um ponto diferente da sala – logo, cada uma enxerga a sala de um jeito, a partir do seu ângulo. Mesmo