Encontro Nacional dos Anos Iniciais
Levarei
meses para digerir tudo o que vi, ouvi e aprendi durante o Encontro Nacional
dos Anos Iniciais, que aconteceu no Colégio Sinodal Rui Barbosa, de
Carazinho/RS, nos dias 24 e 25 de maio.
Foram
palestras, atividades, debates e estudos de caso tão fascinantes quanto
desafiadores, que não apenas me puseram a refletir, mas também me inspiraram,
me questionaram, me instigaram, me tiraram do quadrado e me jogaram pra lá e
pra cá.
Por conta do
projeto Nascedouro, estou sempre dentro de escolas, porém não sou professora,
coordenadora, diretora. Não vivencio o dia a dia, os desafios, as dificuldades,
as transformações que acontecem ali, o tempo inteiro.
Afinal, meus
caros amigos com mais de 30 anos, a escola que nós conhecíamos e na qual estudamos,
a realidade que nós vivenciamos, os conflitos e as oportunidades com os quais
nos deparamos na época escolar mudaram drasticamente. O mundo, as tecnologias,
a estrutura familiar, política e social, tudo é novo, tudo é diferente. E é
neste cenário que os nossos educadores tentam se equilibrar, descobrindo novas
formas de ensinar, se aproximar, se relacionar e se comunicar com essa gurizada
– que, não raramente, nos deixa para trás.
Eu adoraria poder
resumir aqui tudo o que vivenciei e aprendi nestes dois dias tão intensos,
intelectual e emocionalmente, mas é impossível. Teria de escrever milhares de
páginas, e ainda assim ficaria devendo.
Mas preciso
agradecer mais uma vez ao Colégio Sinodal Rui Barbosa, sempre me oportunizando
experiências fantásticas, me recebendo, abraçando e aconchegando como faz uma
família. Aliás, receber e abraçar, aconchegar e fazer você se sentir querido é especialidade
do Rui: o carinho e o tratamento dispensado aos quase 200 professores presentes
foi algo especial e bonito. Duvido que alguém não se sentiu em casa durante
estes dois dias de trabalho e aprendizado.
Por isso eu
agradeço a todos os envolvidos, do palco à plateia, do auditório à cozinha, do
portão ao pátio, pais, alunos, ex-alunos, professores, funcionários,
palestrantes, todo mundo: deixo aqui meu abraço mais apertado para cada um de
vocês.
Sigamos
perseguindo uma educação melhor e mais humanizada, focada não só em formar
pessoas capazes de raciocinar, mas também capazes de sentir. Seres humanos
pensantes, mas também pulsantes. Colaboradores, e não competidores, cuja
inteligência passe pelo intelecto tanto quanto passe pelo coração.
O caminho é
por aí e nós vamos percorrê-lo juntos.
Nas fotos, os
pequenos escritores do Rui do 1º, 2º e 3º volume encantam e emocionam ao ler e
falar um pouco sobre sua participação no livro “Pequenos Escritores do Rui”,
lançados pelo selo Nascedouro da Editora Os Dez Melhores.